Sindicato e trabalhadores realizam manifestação em Itaúna contra demissões na JMN Mineração

Na manhã desta terça-feira (21), trabalhadores da JMN Mineração, empresa do grupo J Mendes, realizaram uma manifestação pacífica em frente ao Edifício Benfica, localizado na Praça Doutor Augusto Gonçalves, no Centro de Itaúna. O ato teve como principal motivo as demissões anunciadas pela empresa para a unidade situada entre Piracema e Desterro de Entre Rios, na região Central de Minas Gerais.

Por volta de 11:00, trabalhadores, acompanhados por representantes do Sindicato Metabase Inconfidentes, que atua na defesa dos empregados da indústria de mineração na região, se reuniram com faixas e um megafone, cobrando uma postura de consciência e bom senso da parte dos administradores da JMN Mineração. A manifestação ocorreu de forma tranquila, com pedidos de uma solução justa para os colaboradores afetados pelas demissões.

Relembre

A JMN Mineração anunciou, no início de janeiro, que reduziria significativamente seu quadro de funcionários na unidade em questão, com a demissão de 204 colaboradores e a transferência de 30 para a Ferro + Mineração, outra empresa do grupo J Mendes. A medida faz parte de um plano de ajustes operacionais e produção, que visa enfrentar os desafios econômicos do setor minerário brasileiro.

A empresa justificou a decisão com a escassez do insumo siderúrgico e a redução dos teores de minério, o que impossibilita a manutenção da estrutura atual da unidade. Segundo a mineradora, apesar de esforços para preservar os postos de trabalho, a reestruturação era inevitável para garantir a continuidade das atividades.

A manifestação, que seguiu de maneira ordeira, reflete a preocupação dos trabalhadores e do sindicato com os impactos dessa reestruturação. O Sindicato Metabase Inconfidentes, que foi informado pela empresa sobre a situação em 10 de janeiro, tem acompanhado de perto a situação, assegurando que os direitos dos empregados sejam preservados durante o processo.

Até o dia 26 de janeiro, todos os trabalhadores afetados permanecerão em licença remunerada, enquanto o diálogo entre a empresa e o sindicato continua na busca por soluções que minimizem os efeitos dessa reestruturação no município e na vida dos trabalhadores. A manifestação de hoje serve como um alerta para a necessidade de um maior diálogo e sensibilidade por parte dos empregadores diante de mudanças tão significativas para a comunidade local.

Por Fábio Melo
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