A tragédia que matou 10 pessoas e feriu outras 20 em Capitólio, no Sul de Minas Gerais, completa dois anos nesta segunda-feira (8).
Desde a queda do paredão que se desprendeu nos cânions e atingiu quatro embarcações, o \’Mar de Minas\’ foi interditado, depois reaberto gradativamente com regras rígidas para o acesso de turistas e agora, há quase um mês, teve as normas de segurança afrouxadas por decreto municipal na tentativa de retomar o mesmo número de visitantes antes do acidente.
Normas de segurança para acesso aos cânions:
Exigido após o acidente (regras antigas) | Exigido dois anos após o acidente (novas regras) |
Uso obrigatório de capacetes nas áreas abertas ao público | O uso de capacetes para visitantes se torna facultativo |
Uso obrigatório de coletes salva-vidas para visitantes a bordo das embarcações | Passa a ser facultativo o uso de coletes salva-vidas |
Fechamento das áreas de visitação quando tiver chuva acima de 50 mm em 24 h | Fechamento das áreas de visitação quando tiver chuva acima de 50 mm em 24 h |
É proibido o uso de som mecânico das lanchas | Se mantém proibido o uso de som mecânico das lanchas |
Proibido ancorar lanchas nas áreas dos cânions | Se mantém proibido ancorar lanchas nas áreas dos cânions |
O monitoramento dos cânions é diário | O monitoramento dos cânions passa a ser em dias alternados até 31 de março; já de abril a setembro, o monitoramento passa a ser feito a cada 15 dias; e de outubro a março, uma vez por semana |
Ainda conforme o decreto, o monitoramento poderá ser diário em caso de acidentes e/ou movimentos de grandes massas de solo e rocha, tombamento, queda ou desplacamento de blocos de grande magnitude. Nestes casos, os cânions serão fechados até a liberação pelo responsável técnico pelo monitoramento e a Prefeitura.
De acordo com o prefeito da cidade, as novas regras foram possíveis após parceria com Marinha, Ministério Público Federal, Ministério Público Estadual e com os municípios de São João Batista do Glória e São José da Barra, que também são banhados pelo lago da hidrelétrica de Furnas.
A medida agradou aos empresários, comerciantes e autônomos que vivem do turismo em Capitólio, setor que é a base da economia local e corresponde a 70% da arrecadação total do município, segundo a Secretaria de Turismo.
Fonte: G1
Foto: Imprensa MG